Há tanto para dizer que nem sei por onde começar, tantos pensamentos enrolados neste mar tumultuoso que nem sei por onde navegar. Se começar a escrever escrevo até à eternidade. Se começar a escrever escrevo até as mãos parar, escrevo até adormecer e depois ao acordar. Quero dizer o que não quero, quero falar do que não falo. E por isso falo de nada, e falo de tudo ao mesmo tempo sem nada dizer. Deixo os dedos acariciar as teclas com a força das palavras, deixo-os falar por mim à sua vontade. Mas sem nada dizer. Porque se dizer o castelo de cartas desmorona-se e desfaz-se na areia. Porque se falar caio, sem saber se no teu abraço ou nas pedras do chão. E por isso não falo e não escrevo. Nesta manhã não consigo dormir mais. A cabeça está pesada demais, dor de sono ou solidão. Não sei. Sei que todos os dias são iguais aos demais. E todos os rostos indiferentes. Sei que voar é qualidade dos anjos, e sonhar dos homens. Mas seria bom voar... As mãos pararam. As obrigações do dia apoderaram-se dos meus pensamentos, e já nem a música que oiço faz entrar o seu sentido. Tenho que ir....
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário